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Afinal, dietas pobres em carboidrato ajudam a emagrecer?

Como toda máquina, nosso corpo precisa de combustível para funcionar. E, semelhante aos motores bicombustível, conseguimosutilizar dois tipos de combustível: gorduras e carboidratos. Porém, ao contrário dos motores, nosso corpo SEMPRE se utiliza de uma mistura desses dois combustíveis e não apenas de um deles isoladamente. Em condições normais, 30 a 40% da energia necessária para o funcionamento do nosso organismo vem das gorduras e 60 a 70% dos carboidratos. Quanto maior a demanda energética, mais carboidratos são utilizados, levando a proporção para mais próximo de 70% carboidratos e 30% gorduras. Quanto menor a demanda metabólica, mais próximo do 60% e 40%. Em repouso podemos chegar a uma proporção de 50/50.

Mas, o que acontece quando não oferecemos carboidratos ao nosso organismo, ou oferecemos o mínimo possível? Muitas vezes fazemos um raciocínio (opa, se raciocinamos estamos usando carboidratos porque nosso cérebro não consegue usar outra fonte de energia...) que parece lógico: se usamos carboidratos e gordura como fonte de energia e não há carboidratos, então nosso corpo será “forçado” a usar mais gordura e assim iremos emagrecer mais. Ainda bem que nosso corpo é mais esperto que nós, pois ao usar muito mais gordura que carboidratos (em algumas doenças isso acontece), existe uma aumento de uma série de substâncias nocivas ao funcionamento do organismo que se acumulam, geram acidose e podem levar ao coma.

Porém várias pessoas fazem dietas extremamente restritas em carboidratos (inclusive atletas de alta performance) e não entram em coma. Como isso é possível? Porque o corpo humano é fantástico: ao precisar de carboidratos e não ter mais disponível, seja da alimentação, seja das reservas que temos (glicogênio hepático e muscular), nosso corpo produz carboidratos, dando início a um processo chamado neoglicogênese, que basicamente é um processo de “fabricar” glicose a partir de... músculos. Perder músculos nunca é um bom negócio, mesmo que isso gere perda de peso, afinal de contas, ninguém quer “perder peso”, algumas pessoas podem querer emagrecer e emagrecer e perder peso não são necessariamente a mesma coisa. Emagrecer significa reduzir a quantidade de gordura corporal, perder peso é simplesmente pesar menos (por exemplo: cortar os cabelos pode gerar perda de peso, mas não significa emagrecer).

A ingestão equilibrada das fontes de energia (carboidratos e lipídios) garante um funcionamento correto da máquina “corpo humano”. Nosso corpo funcionar corretamente é essencial para que tenhamos saúde e também para que possamos ter um ótimo rendimento nas atividades físicas. Quanto mais extenuantes e intensas forem essas atividades físicas, mais equilibrada tem que ser nossa alimentação.

Criar “mitos” ou “tabus” alimentares não é um bom caminho para termos saúde ou um rendimento esportivo ótimo.

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