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Tenis minimalistas: vale a pena?

O calçado esportivo é um dos acessórios que maior evolução apresentou nas últimas décadas. As indústrias de material esportivo têm investido muitos recursos e pesquisas para cada vez mais aperfeiçoar principalmente o calçado do corredor.

Antes da década de 70, quando começou o desenvolvimento dos calçados modernos, os corredores tinham por hábito correr descalços ou com calçados extremamente simples, quase uma sandália modificada. A partir dos anos 70, começou uma fase de grande desenvolvimento dos calçados e a grande ênfase do desenvolvimento tecnológico era focada na eficiência do amortecimento do solado.

A cada ano surgiam novos modelos com proposta de proporcionar um amortecimento mais eficaz, sem aumentar o peso do calçado. Podemos dizer que esta fase durou cerca de 30 anos, até que recentemente surgiram questionamentos a respeito deste amortecimento. Prejuízo de performance, aumento do risco de lesões, limitação do estímulo proprioceptivo e aumento da força de colisão com o solo no calcanhar foram questionados por especialistas. Em função destes questionamentos, nos último cinco anos, os pesquisadores voltaram a discutir de maneira mais consistente os possíveis benefícios de correr descalço.

Seguindo esta tendência, as indústrias de calçados esportivos começaram a investir em novos modelos os quais tem a concepção do chamado calçado minimalista. Este produto visa proporcionar um estilo de corrida natural, com todos os ajustes de pisada, absorção de impacto, etc sendo realizados pelo próprio aparelho locomotor, sem a interferência do calçado. É quase como uma luva vestida nos pés, proporcionando uma certa proteção contra escoriações. Este tipo de calçado tem gerado grandes controvérsias entre os especialistas, e está longe de ser um consenso.

Um artigo publicado este mês no "Medicine and Science in Sports and Exercise", revista oficial do Colégio Americano de Medicina Esportiva, alerta para a alta incidência de lesões durante o período de adaptação ao uso desses calçados para corrida. O que é consenso entre a comunidade científica, é que a opção por este tipo de calçado deve ser bastante criteriosa, uma vez que nem todos os indivíduos apresentam os efeitos da redução de impacto como seria esperado. Além disso, para aqueles que optarem pelo tênis minimalista é altamente recomendado uma transição bastante lenta e gradual, permitindo uma adaptação progressiva do aparelho locomotor.

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